domingo, 4 de novembro de 2007

Leopard

Olá pessoal, desculpe pela demora em escrever, não consegui arrumar as informações necessárias para escrever bem este post, e fiquei meio doente. Espero a compreensão. Mas vamos ao que interessa.

Já faz um tempinho que a Apple lançou seu novo sistema operacional, o Mac OS X 10.5, conhecido popularmente como Leopard, que vem substituir o Tiger.
Ah, só para esclarecer: não se lê Mac OS Xis, e sim Mac OS Dez (o X representa o número dez em algarismos romanos).
O lançamento oficial foi no dia 26 de outubro, em Cupertino, Califórnia, no QG da Apple. A partir dessa data, o Leopard começou a ser vendido mundialmente, inclusive no Brasil. Mas para quem pensou que ia sair orgulhoso da loja com o DVD do OS, quebrou a cara! Na verdade, o Leopard realmente começou a ser vendido no Brasil no dia 26 de outubro, mais específicamente às 18h00, mas era só vendido nesse dia, e não entregue. As entregas no Brasil começaram a alguns dias. Ou seja: quem saiu correndo para as revendedoras oficiais da Apple no Brasil teve que esperar duas semanas para ter o Mac funcionando com o Leopard.

Mas... Valeu a pena?
Tudo indica que sim.
Os Applemaníacos que já visitaram o site da Apple podem ter uma idéia do como é o Leopard. Como sempre, o visual do OS detona. Deixa o Vista lá embaixo. Aliás, não é só no visual que o Leopard detona o Vista. Um colunista do New York Times disse que o Leopard envergonha o Vista. Também, pudera, segundo a própria Apple, o Leopard traz mais de 300 novidades. Vamos dar uma olhada em algumas:

1. Como já disse, o visual do Leopard não tem comparação! Junte a isso utilitários para organização e você tem um desktop, além de muito bonito, muito organizado. Parece-me que o ponto forte do Leopard é organizar a bagunça dos usuários. Logo no Docks do Leopard (uma barrinha de iniciação rápida), você já tem uma das maiores novidades que a Apple traz: as pilhas. Nada mais é do que pastas que se "abrem" quando se clica nelas, mostrando o conteúdo sem precisar abrir uma nova janela. Bem mais rápido e "humano", porque quando procuramos algo específico, não abrimos todas as caixas e pastas que vemos pela frente, nós damos uma espiadinha primeiro.

2. Outra novidade que a Apple faz questão de resaltar quando se fala do Leopard é o Time Machine. Esse programa, tido como o mais revolucionário do Leopard, permite que se faça backups de todos os arquivos do computador automaticamente. Mas, para usufruir do Time Machine, é necessário ter um HD externo ou removível. Funciona assim: depois de conectar o HD removível no Mac, o Time Machine vai perguntar se você deseja fazer backup de seus arquivos; aceitando, o Time Machine vai copiar todos os seus arquivos para esse HD, e conforme você for criando novos arquivos, o Time Machine faz backup desses arquivos automaticamente. E a interface do Time Machine também é revolucionária: não é aquela coisa sem graça como os utilitários de sistema do Windows. Ao contrário, é muito intuitivo e fácil de navegar. É, como diz o próprio nome, como se você estivesse voltando no tempo no seu computador.

3. A Apple também trouxe outra novidade: os spaces, ou simplesmente espaços aqui no Brasil. Mas aqui vou fazer justiça ao Linux. Se você já usou um Linux, já deve estar familiarizado com a idéia de se ter vários desktops à disposição. Foi isso que a Apple fez: copiou os desktops do Linux, criando vários espaços navegáveis na tela do Mac.

4. Além dessas novidades principais, o Leopard ainda trouxe outras menos revolucionárias, mas muito úteis. As novidades incluem identificação automática de contatos de email no Mail, melhoras visuais no Finder e no Spotlight, pequenas melhorias no Safari, no iChat e no Quick Look. Esses dois últimos merecem um pouco mais de detalhes. O iChat é o sitema de bate-papo por vídeo do Mac, e agora, além de simplesmente conversar por vídeo (coisa que qualquer um com MSN Messenger e uma webcam consegue fazer), ainda se pode mostrar documentos na própria tela do iChat, ou, melhor ainda, se pode dividir o computador inteiro com quem você está conversando. É simples: você e a pessoa com quem você está conversando dividem um mesmo desktop, cada uma podendo modificar um trabalho ou apresentação que está armazenado no desktop do outro. O Quick Look é outra novidade interessante do Leopard: é uma forma de exibição de arquivos como a exibição das músicas no iTunes, em que se pode ver todo o documento (incluindo documentos de várias páginas, como PDFs) sem ser necessário abrí-lo. E para mudar de arquivo, é só clicar na setinha de avançar e ver o próximo arquivo.

Essas novidades que listei acima são só as mais evidentes das 300 que a Apple diz existirem, e algumas são simplismente inúteis ou muito seletivas, específicas para programadores, por exemplo.
Mas, nem todas essas 300 novidades são realmente novidades. Um exemplo é o spaces que acabei de citar: os sistemas operacionais baseados no Linux (como o Ubuntu, por exemplo) já tinham essa "novidade" há muito tempo, e até melhor que no spaces do Leopard. E nem tudo são rosas no Leopard. Já reportaram um bug seríssimo na instalação do OS, em que os usuários tem que fazer uma forma de "gambiarra" para tentar solucionar o problema. Por mais revolucionário e avançado que o Leopard seja, alguns usuários tem que se sujeitar a escrever códigos na tela de iniciação do Mac, no maior estilo MS-Dos.
Por que será que não pensaram em um programinha "salva-vidas" que faria isso para o usuário? Não sobrou tempo para pensar nos possíveis problemas aos quais todos os sistemas operacionais estão sujeitos, como bugs no boot?
Bom, resumo da obra: o Leopard é muito bonito, funcional, organizado e coisa e tal, mas não é perfeito. Pode deixar o Windows no chinelo, mas copiou uma função bem antiga do Linux. Ou seja, não é o Messias dos sistemas operacionais, mas também não é de se ignorar.
Mas o Leopard não é para qualquer um, não. Oficialmente, é necessário ter um Mac para rodar o Leopard, e um bom não sai por menos de R$ 3.000. E se você quiser usar o Time Machine, vai ter que desembolsar mais um pouco de grana para o HD removível.
O Leopard, em sí, não é tão caro: o pacote simples, que dá direito a uso em um Mac, custa R$ 269. Já o pacote família, que dá direto a usar o Leopard em até cinco Macs, custa a bagatela de R$ 399. Só para efeito de comparação, o pacote mais barato do Windows Vista (o Vista Home Basic) custa R$ 279; já o mais completo custa quase R$ 1.000!
Talvez o investimento em um Mac traga mais economia (e diversão) a longo prazo, até porque um Mac já vem com tudo que um PC um dia quer ter na vida. Inclusive, os novos Macs já sairão de fábrica com o Leopard. E tudo compatível, não sendo necessário ficar, por exemplo, procurando drivers por aí.
Bom, mas você pode se aventurar e tentar instalar o Leopard no seu PC comum. Já conseguiram fazer isso. E é um brasileiro! Isso porque, até pouco tempo atrás, os processadores usados pela Apple nos Macs eram PowerPCs, de pouca ocorrência entre os PCs comuns. Mas, nos últimos anos, a Apple vem usando processadores Intel nos Macs. Ou seja, teoricamente, um PC com processador Intel pode rodar os sistemas operacionais da Apple como num Mac. E já fizeram funcionar nos AMDs também.
Independente do que você escolher fazer (comprar um Mac com o Leopard, tentar colocar o Leopard para rodar no seu PC ou simplesmente saber um pouco mais sobre o novo OS da Apple), esses links serão de grande ajuda:

Americanas. com
Até agora, a única loja online (confiável) que vende todos os novos Mac e o Leopard.

Apple Brasil
Hot site do Leopard, dentro do site da Apple Brasil, com todas as informações sobre o novo Mac OS.

Colocar o Leopard num PC (Inglês)
Fórum no qual o brasileiro que conseguiu colocar o Leopard no PC ensina, passo-a-passo, a fazer a façanha. Se não é dominador do inglês, tente perguntar ao oráculo.

Bom pessoal, por hoje é só, no próximo post vou escrever sobre o Ubuntu, o mais novo OS do Linux.

Paz e Amor,

Caio

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